sábado, 10 de outubro de 2009

GRIPE A - Funcionários "indispensáveis" identificados para serem vacinados contra a gripe A

Muitas empresas que prestam serviços essenciais já identificaram os profissionais que consideram indispensáveis e que deverão ser vacinados prioritariamente contra a gripe A logo que a vacina seja disponibilizada em Portugal, no final do mês.
Além dos profissionais de saúde e das grávidas com patologia, o Ministério da Saúde elegeu os profissionais que desempenham funções essenciais como prioritários para serem vacinados com as primeiras 49 mil vacinas.
A ministra da Saúde, Ana Jorge, explicou que, entre estes, se encontram funcionários de empresas que fornecem serviços como gás, electricidade, comunicações, segurança ou saneamento.
A Agência Lusa contactou várias empresas e apurou que a maioria já adoptou planos de contingência e algumas já comunicaram à Direcção-Geral da Saúde (DGS) o número de funcionários prioritários para a vacina.
A Galp Energia garante que o seu plano de contingência, já activado, "prevê todas estas situações".
"Todos os colaboradores encontram-se devidamente informados sobre os procedimentos e cautelas a tomar nas diversas fases de propagação do vírus", explica a empresa.
Na EPAL, empresa que abastece a água de Lisboa, os trabalhadores prioritários estão, essencialmente, "afectos às áreas operacionais e técnicas".
Ao nível dos transportes, a TAP revelou que tem um plano de vacinação "integrado no plano de contingência", não adiantando pormenores.
O Metropolitano de Lisboa disse à Lusa que criou "um grupo de acompanhamento permanente que será responsável por acompanhar a evolução da situação e adoptar as medidas de contenção adequadas à empresa".
Esta empresa tem "reservas de material de protecção pessoal, nomeadamente máscaras e medicamentos (Oseltamivir) para os seus trabalhadores", e procedeu ao "aprovisionamento de materiais de limpeza e de desinfecção, bem como ao reforço da higiene e a limpeza nos locais de trabalho, zonas de acesso e circulação, balneários, instalações sanitárias e comboios".
No sector das telecomunicações, a Vodafone assumiu "pressupostos de absentismo para um cenário de gripe pandémica" e elaborou "planos de continuidade de negócio apropriados para minimizar o impacto nas áreas que suportam os serviços" dos clientes.
A Sonaecom, empresa que detém a operadora móvel Optimus, identificou, no seu plano de contingência, "dois tipos de funções executadas pelos colaboradores: funções críticas e funções não críticas".
Para os colaboradores que desempenham funções críticas, "está previsto um conjunto específico de acções para que aquelas funções sejam asseguradas, sendo que, neste momento, ao nível da vacinação, a Sonaecom apenas reforçou o seu plano de vacinação anual contra a gripe sazonal e o qual está disponível a todos os colaboradores que desejarem ser vacinados".
Em relação à vacinação contra a gripe A, a Sonaecom refere que já enviou "a listagem dos seus colaboradores críticos" para a DGS.
Na distribuição de bens alimentares e outros, a Sonae, proprietária dos hipermercados Continente, elaborou um plano, no qual consta a "disponibilização de helpdesk telefónico para aconselhamento sobre a gripe A".
O Ministério da Justiça revelou à Lusa que "já definiu os serviços mínimos em caso de pandemia e tem os grupos assinalados para vacinação definidos".
Na segurança, a PSP disse à Lusa que os elementos policiais que desempenham funções de atendimento ao público serão os primeiros a ser vacinados (Fonte JN).